GUERRAS, FESTAS, DISTRAÇÕES E A FARRA CONTINUA.

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Ultimamente venho dizendo muito que o Brasil é uma terra estranha. Mas é mesmo. E os fatos que se sucedem num ritmo vertiginoso e sem comparação, estão aí mesmo para corroborar o que penso e digo.

Confesso que chega a ser difícil escrever sobre política porque, vez por outra, parece que estamos escrevendo as mesmas coisas que já escrevemos há anos. São quase os mesmos nomes, os mesmos escândalos, as mesmas atitudes mesquinhas, a mesma passividade bovina da população e, por mais que se lute para mudar isso, a mesma boa e velha impunidade.

É fácil dizer que a maioria de nossos políticos pensa apenas em engordar seus próprios bolsos, em empregar seus parentes e em angariar riquezas na próxima mamata que aparecer. Afinal de contas, eles não vêm de Marte ou de Plutão; são frutos de nossa sociedade e têm suas ações, muitas vezes, aceitas e ratificadas por uma maciça votação popular.

A coisa mais difícil de obter de nosso Congresso Nacional é a votação de matérias de enorme importância que estão paradas nas gavetas empoeiradas, em alguns casos, por dezenas de anos. No entanto, basta que um aumento de verba, um aumento de vagas ou uma gorda gratificação apareça e os caras se materializam instantaneamente como se fossem possuidores de unidades de teletransporte.

E não só o Congresso Nacional. Um elemento chave que era um antigo sonho para a fiscalização das bestialidades financeiras e legais que o Judiciário cometia, o Conselho Nacional de Justiça, dá mostras claras de que já está perdido e contaminado pelo conceito do “super-humano”. Ao invés de zelarem pela saúde moral do país e cortar atos que atingiriam a moralidade administrativa e operacional pela raiz; eles simplesmente embarcam “na onda” e aderem às farras com o dinheiro público.


O Congresso Nacional aproveitando-se do período de festas, do destaque dado pela imprensa a Guerra Israel/Palestina e a toda desgraça que se abateu sobre nosso país no fim do ano (as chuvas e enchentes); resolveu regulamentar uma lei de 2007 que cria uma “gratificação” para os “pobres funcionários” da casa que ganham tão mal. Essa gratificação custará aos cofres públicos a bagatela de 4 milhões de reais mensais só para bancá-la.

Da mesma forma e embalado pelas mesmas distrações; o CNJ aprovou um aumento de salário para servidores do Judiciário que acumulam cargos e que não podiam receber salários além do teto máximo do serviço público. O mais interessante e absurdo dessa resolução; é que o próprio CNJ foi o responsável pelo corte da mamata e extinguiu os marajás do serviço público federal. Ou seja: Decidiram contra eles mesmos.

Agora, a “brilhante” decisão libera os outros poderes para fazer o mesmo e ressuscita a figura do Marajá Barnabé. O efeito cascata que certamente ocorrerá, poderá ter efeitos desastrosos sobre a economia brasileira e lançar o controle fiscal que vem sendo feito pelo governo para o espaço.


O que é mais triste; é que o governo sempre lança mão do discurso da austeridade fiscal e de que “não há dinheiro” quando se quer reajustar o salário de aposentados ou o salário mínimo. No entanto, sempre há um rio de dinheiro para que alguém (que já ganha muito) embolse m ais algum.

O mais “engraçado” de tudo; é saber que após a aprovação um dos conselheiros (ao ser perguntado sobre o efeito catastrófico que essa decisão teria nas finanças públicas) vaticinou: “Nós não pensamos nisso”.

E, nosso povo, assiste a tudo preocupado com os indicados ao BBB 9. Não é “engraçado”?

Pense nisso.

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