Pacu tem pesca liberada, após sair da lista de peixes ameaçados de extinção

A pesca do pacu, peixe que estava na lista de ameaçados de extinção, voltou ser permitida pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo.


Um projeto de reprodução em cativeiro ajudou no repovoamento dos rios e, em Caconde (SP), uma associação dos pescadores quer criar e comercializar a espécie.


Encontrar o pacu nesta época do ano não é fácil. O pescador subaquático Hugo Mariano, que também procura a espécie, explica o porquê. “Nesta época do ano aqui faz bastante frio então ele está indo mais para o fundo. Na época do calor é mais fácil”, disse.


O peixe andou sumido e por 20 anos ficou na lista das espécies ameaçadas de extinção nos rios paulistas. Ele foi desaparecendo por causa da poluição e principalmente da construção de hidrelétricas, já que as barragens impedem a subida do peixe para a desova.


Reprodução
A falta de correnteza não favorece a reprodução e, por isso, o trabalho em laboratório é fundamental.


Em Caconde, as etapas da reprodução são feitas por uma companhia que tem hidrelétricas nos Rios Pardo, Grande, Tietê, Piracicaba e Mogi Guaçu. As fêmeas adultas recebem uma injeção de hormônios para estimular a ovulação.


Depois vão para tanques com água corrente com os machos. “O pacu não reproduz em ambientes que foram alterados. Nós mantemos as matrizes em cativeiro, fazemos o trato cultural durante o ano todo e, no período da Piracema, nós fazemos um tratamento hormonal em laboratório para estimular a liberação de óvulos e o sêmen para fazer a fecundação e produzir o alevino para o repovoamento”, disse o analista de meio ambiente Silvio Alves dos Santos.


Quando os alevinos ganham peso e chegam a pelo menos 12 centímetros, eles são soltos nos rios . Em dez anos, 16 milhões de pacus seguiram esse caminho. “O pacu é um peixe muito importante para o ambiente aquático e para a pesca esportiva, devido a carne saborosa e a pesca prazerosa”, ressaltou Santos.


O trabalho de repovoamento foi fundamental para que a Secretaria do Meio Ambiente liberasse a pesca dessa espécie pelos próximos dois anos em rios e represas.


Por isso, já é comum ver pescadores amadores e esportivos tentando fisgar o peixe. Nesse período, os estudos continuam e, se for comprovado que o repovoamento afastou o risco de extinção da espécie, a pesca vai ser prorrogada.


Os piscicultores de Caconde pretendem comercializar a espécie e estudam a possibilidade de criar e engordar o pacu em tanques de rede. “Para ver se a gente consegue a adaptação deles na nossa água, por ser uma água relativamente fria. Se der certo, produzir esse peixe para ser vendido abatido ou para pesque-pague”, disse o presidente da Associação de Piscicultores Marcelo de Castro.


Apesar da liberação, os pescadores devem respeitar outras medidas restritivas: o período da Piracema, a pesca perto das barragens, com rede e armadilhas e a pesca embarcada.


 

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