POLÍCIA, PROPAGANDA E A PALHAÇADA GENERALIZADA.

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Recebi da amiga Luma (Luz de Luma) um e-mail sobre a propaganda italiana que mostra PM’s cariocas enfiando as mãos sob as vestes de mulheres e agindo com truculência com as “criminosas”.

Apesar de compreender a indignação dos policiais e, como carioca, dos cidadãos; entender o que há por trás da campanha dá muito bem o tom do que ainda pode acontecer com nosso amado Rio de Janeiro e com nosso país nos meses que virão.

Terá mesmo sido mera coincidência que esta campanha publicitária tenha sido lançada justamente agora? Como uma obscura marca de roupas escolhe uma praia e profissionais da segurança pública, de uma cidade e de um país distante, para estrelar sua campanha publicitária? Como um país com paisagens belíssimas e mulheres maravilhosas como a Itália é desprezado por uma marca local que atravessa o atlântico (gastando uma fortuna) para fazer imagens de nossas praias e de “nossas” mulheres?

A resposta a todas essas perguntas é uma só: Aproveitar a polêmica do asilo político dado ao terrorista italiano Cesare Battisti (veja minha opinião sobre o caso Cesare Battisti aqui). Imaginar que um país que pune seus criminosos e aprendeu, a duras penas, como a impunidade e a leniência do Judiciário podem ser prejudiciais ao desenvolvimento de uma nação, como fez a Itália, ia “deixar barato” uma afronta injustificável como a feita por nossos “heróis revolucionários” de plantão; além de infantilidade e inocência foi um belo exemplo de desconhecimento de como devem ser travadas as relações internacionais.


O episódio é o primeiro de muitos que virão com a clara mensagem de que nosso país é uma verdadeira “terra de ninguém” e que, por aqui, os bandidos estão por toda parte: na polícia, nas ruas, no governo. O que, claramente, não deixa de ter uma certa dose de razão. Contudo essas mazelas são nossas e não interessam a ninguém (em tese).

No entanto, para um país que fatura muito com turismo, ter a imagem destruída no exterior e vê-la associada a uma nação de bandidos e de pessoas capazes de venderem “um gringo” por qualquer centavo; é o tiro de misericórdia em nossa credibilidade e a destruição do que restou de nossa imagem de país belo com povo camarada e acolhedor.

O turista que costuma vir aqui, pouco se incomodará. Já conhece nossas mazelas e sabe que a propaganda é apenas isso; uma ficção delirante. Mas, e os que ainda não vieram? E os que deixarão de vir aqui influenciados pela campanha de desmoralização que representa essa peça publicitária? E os demais que multiplicarão a ideia de que somos aquilo que está exposto naquela publicidade? Lembram do filme “Turistas”? Mesmo sendo um claro absurdo, durante sua exibição nos EUA, o fluxo de turistas americanos de primeira viagem diminuiu consideravelmente; assim como as intenções de visita.

Entretanto, todo o alarde que vem sendo feito acerca desta campanha por parte das autoridades brasileiras de todos os setores, é apenas a mais bela e pura palhaçada. É a generalização da estupidez e da imbecilidade. Pois, quando o país optou por acreditar na palavra de um terrorista condenado de que é inocente e perseguido; em detrimento da decisão de países democráticos e das cortes italiana, francesa e até da corte europeia; já deveriam esperar por retaliações em todas as áreas. Alegar que consideram isso uma “afronta”e posarem de ofendidos agora;  é gritar para o mundo o quanto são estúpidos e inocentes.

Podem acreditar; muito mais vem por aí. (leia aqui)

Pense nisso.

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POLÍCIA, PROPAGANDA E A PALHAÇADA GENERALIZADA.

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