Atraso na liberação do seguro dificulta vida de pescadores de Três Lagoas

Ele informou que dos 480 pescadores associados na Colônia, 380 têm direito ao seguro, cerca de 220 deram entrada e os demais não o fizeram por falta de documentação

Pescadores de Três Lagoas reclamam do atraso no pagamento das parcelas do seguro que é pago na época da piracema, período que não se pode pescar por causa da desova dos peixes. Durante 4 meses, eles deveriam receber o seguro no valor de um salário mínimo (R$ 540,00) para compensar a restrição, só que até agora nada foi depositado. A maioria deu entrada no seguro em dezembro com a promessa de receber a primeira parcela antes do Natal.

Alguns pescadores estão enfrentando dificuldades até para comprar alimentos.
Genivaldo Justino Pereira, 41 anos, morador no bairro Jupiá e pescador há mais de 30 anos disse que precisa do seguro desemprego para sustentar a família. “Eles falaram que eu ia receber no dia 22 de dezembro, fui ao banco e nada. Ainda estou esperando”, afirmou o pescador, em relação aos pagamentos. Genival está sobrevivendo de “bicos” que faz na comunidade. Ele relatou que vive exclusivamente da pesca e não consegue pagar as contas de água, energia.

A jovem pescadora Telma Mara Alves Cruz, 27 anos, se encontra na mesma situação. Ela também aguarda o recebimento do seguro. Mãe de uma filha pequena, Telma contou que está se virando com o dinheiro que recebe dos programas sociais (Bolsa Família e Vale Renda) que somam um valor de R$ 174 por mês. “Se não fosse essa ajuda eu nem imagino como estaria sobrevivendo. Estou precisando muito do seguro, pois não posso pescar por causa da piracema”, explicou a pescadora.

De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores Z-03, Antonio de Souza Farias, a Fundação dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul (Funtrab) justifica que o atraso se deve a troca do sistema de informática que ocorreu no final do ano. “Os pescadores nos procuram diariamente, mas nós não temos como prever quando serão realizados os pagamentos”, adianta Souza.

Ele informou que dos 480 pescadores associados na Colônia, 380 têm direito ao seguro, cerca de 220 deram entrada e os demais não o fizeram por falta de documentação. “Muitos receberam a carteira pescador e não puderam dar entrada no seguro”, afirmou o presidente, esclarecendo que tem direito ao seguro, os pescadores com carteira de pescador há mais de um ano e que não possuem carteira de trabalho assinada no período.

O diretor do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (Ciat), Ivan Alkimim esteve ontem na Colônia de Pescadores e alertou que o pagamento deve ser liberado nos próximos dias. Ele justificou que a troca do sistema de informática atrasou o encaminhamento dos pedidos para a Funtrab em Campo Grande. O Ciat ficou quase dois meses sem prestar atendimento e só retomou os trabalhos no inicio da semana.

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