Fiscais recebem treinamento para identificação de peixes ornamentais no Ceará

Criação de peixe ornamentalFortaleza – O Ceará é o segundo maior exportador e o terceiro maior criador de peixes ornamentais do Brasil. É um mercado promissor, com uma demanda crescente. Para que os peixes possam ser comercializados e enviados de Fortaleza para outros estados e até mesmo para outros países, é necessária a autorização do Ibama. Os fiscais identificam se as espécies nas caixas de transporte são as mesmas que estão descritas nas guias. No entanto, para que possam autorizar, devem reconhecer. Foi com esse intuito que o Ibama/CE realizou, entre os dias 11 e 13, o Treinamento em Identificação de Peixes Ornamentais para seus fiscais, com palestra, visita técnica a empresas e debate.

Segundo a analista ambiental da Divisão de Biodiversidade – Dibio, Glaura Barros, organizadora do treinamento, o objetivo é formar fiscais que identifiquem melhor as espécies autorizadas e as proibidas para exportação e comércio interno, além de fazer com que a fiscalização também conheça as dificuldades do setor. “Trabalhar com organismos vivos exige rapidez e dinamismo por nossa parte”, informa.

O presidente da Associação dos Criadores e Lojas de Aquário do Ceará – Aclace, engenheiro de pesca Ivan Oliveira, diz que a maior dificuldade encontrada por quem comercializa peixes ornamentais hoje é a legislação, que é restritiva, principalmente com relação ao que pode ser importado. “Muitas espécies já existem no Brasil e são proibidas de serem trazidas de fora, e os hobbistas gostam de novidade”, lamenta.

Para Glaura, este é um mercado novo, ainda não muito regularizado, em que os órgãos ambientais ainda não estão acostumados a lidar. “O ordenamento e o trabalho de controle tiram a atividade da clandestinidade e mostram ao governo sua importância”, acredita.

Segundo o presidente da Aclace, o mercado ainda é pequeno e faltam pesquisas. Ivan informa que das três mil espécies do Brasil, nem um quinto foi catalogada, o que atrasa a liberação de comercialização. “Enquanto isso, no exterior, a tecnologia facilitou a criação de espécies raras. O Brasil vem perdendo espaço e dinheiro, uma vez que há países que vendem espécies nossas que são proibidas de serem aqui comercializadas”, diz.

Além de Glaura, foram instrutores do curso os analistas ambientais da Dibio Lívio Gurjão e Daniel Accioli. As empresas visitadas foram a H&K Importação e Exportação de Peixes, em Aquiraz.

Luis Lopes
Ascom Ibama

foto: Mariangela Bampi

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