Parque aquícola em Lajeado começa a produzir ainda este ano

O estado de Tocantins tem tudo para se tornar um grande produtor de pescado em cativeiro. Uma das principais iniciativas com este objetivo está sendo promovida pelo governo federal, através do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Este ministério contratou, no primeiro semestre deste ano, estudos para a demarcação e a implantação de parques aquícolas no reservatório da hidrelétrica de Lajeado. A hidrelétrica está localizada no rio Tocantins, a 50 quilômetros de Palmas.

Os trabalhos em Lajeado devem estar inteiramente concluídos em meados de 2011, mas pelo menos um dos parques aquícolas deste reservatório, em dos “braços” (afluentes), estará em condições de produzir ainda este ano. Este compromisso foi assumido pelo secretário de Desenvolvimento e Ordenamento da Aquicultura do MPA, Felipe Matias, e pelo superintendente do ministério em Tocantins, Jozafá Maciel, durante Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa no último dia 22 de junho, durante as comemorações da Semana do Pescador.

Nos parques aquícolas de Lajeado serão criados peixes nativos da bacia, a exemplo do pacu caranha. A atividade, desenvolvida em tanques rede, pode gerar até duas safras por ano. A retirada dos peixes, quando prontos para o abate, chama-se despesca. São vantagens de se produzir peixe em cativeiro a produção contínua, já que não existe período de defeso; a elevada produtividade, com a obtenção de até duas safras por ano; e a menor pressão sobre os estoques pesqueiros dos rios e mananciais.

A demarcação e a implantação dos parques aquícolas em Lajeado estão sendo conduzidos pela empresa Neocorp Desenvolvimento de Projetos, de Porto Alegre. Os estudos, orçados em R$ 854 mil, envolvem aspectos sócio-econômicos e a definição da capacidade máxima de produção. Passam também pela indicação de espécies de peixe adequadas, pela análise da qualidade da água e pelo levantamento da profundidade do reservatório.

No momento, o Ministério da Pesca e Aquicultura destina aproximadamente R$ 16 milhões à demarcação e implantação de 25 novos parques aquícolas no País, entre eles os de Lajeado. Outros reservatórios em Tocantins também poderão produzir pescado em cativeiro no futuro. Além disso, existem outros motivos para o estado se dedicar com força à atividade aquícola. Em Palmas, por exemplo, está sediada a Embrapa Pesca Aquicultura e Sistemas Agrícolas, que irá coordenar as pesquisas brasileiras no setor. Novos conhecimentos podem gerar ganhos ainda maiores para quem se dedica à atividade aquícola.

Empregos e renda

O governo federal destina menos de 1% da lâmina d’água dos reservatórios para a implantação de parques aquícolas, para não causar impactos ambientais e favorecer outros usos, como o transporte. Apesar disso, a produção de pescado em Lajeado deverá ser elevada, já que o seu reservatório ocupa uma área de 630 mil quilômetros quadrados ou 63 mil hectares.
A atividade irá gerar centenas de empregos e favorecer a atração de empresas para o fornecimento de ração, para o beneficiamento do pescado, e ainda para o transporte e a comercialização.

Estratégia de produção

Em 2007, o governo federal passou a implantar parques aquícolas em grandes reservatórios como parte de uma estratégia para tornar o Brasil um dos maiores produtores de pescado do mundo, até o final desta década.

O Ministério da Pesca e Aquicultura já entregou 1.941 áreas para a produção de pescado em parques aquícolas da União. As áreas pertencem aos parques aquícolas dos reservatórios de Itaipu (PR), Castanhão (CE), Ilha Solteira (MS), Furnas (MG), Três Marias (MG) e Tucuruí (PA).

MPA

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