Produtoras de ostras de Ipioca querem acesso a mercado

Famílias recebem assistência técnica da Secretaria de Estado da Agricultura e têm potencial para produção de 36 mil ostras por ano

Um grupo de 10 famílias de Ipioca está há cinco anos envolvido no cultivo de ostras em “mesas” artesanais, no estuário do Rio Ipioquinha, onde o rio se encontra com o mar, um local rodeado por manguezais e coqueirais, no litoral Norte de Maceió.

Por meio de acompanhamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), a água do local é analisada mensalmente nos laboratórios da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Segundo a engenheira de Pesca Erleide Mendes, extensionista da Seagri que orienta o grupo, quando a água está com muitas impurezas, as ostras também estão. “Mas até agora nunca foi constatado nenhum problema, o que significa que as ostras daqui são de alta qualidade e a água é limpa”, afirmou. Além da água, disse a engenheira, o próprio molusco também é analisado em laboratório.

Produção – Enquanto o potencial produtivo é de 36 mil unidades por ano, em todas as 60 mesas utilizadas, a procura pelas ostras ainda é pequena e as mulheres da Associação dos Aquicultores de Ipioca Anjos do Mar (Aaiam), principais engajadas na atividade, reclamam da falta de comércio garantido.

De acordo com Cidália da Silva, vice-presidente da entidade, não existe compra garantida e as vendas são feitas principalmente aos turistas que vão diretamente ao local. “A gente queria ter um comprador certo, porque isso iria gerar mais renda para as famílias”, disse.
Por conta disso, nenhuma das famílias associadas vive exclusivamente do cultivo de ostras. É o caso de dona Benedita Antônia dos Santos, que é esposa e filha de pescador.

Manejo – Outra associada é Maria Zélia da Conceição, que passa alguns dias da semana trabalhando no estuário. “A gente tem que limpar as ostras que ainda estão crescendo uma por uma com uma escova, depois ir colocando de volta na mesa”, explicou.

Ela disse ainda que esse trabalho é feito apenas quando a maré está baixa e que há um revezamento entre as associadas nessa atividade. Para garantir a segurança do criatório, elas até dormem num quarto improvisado no local, às margens do rio.

As ostras levam entre oito e nove meses para chegar ao tamanho ideal de consumo. Segundo as associadas, uma dúzia do produto é vendida por R$ 8,00. “Estamos iniciando um projeto de produção de peixe, o que pode se tornar outra fonte de renda para essas famílias”, frisou a engenheira Erleide Mendes.

Ela explicou que o grupo adquiriu um tanque-rede e este mês recebeu 150 alevinos da espécie tilápia oriundos do Núcleo de Produção de Alevinos da Seagri, que fica no município de Rio Largo. “Outros 50 alevinos foram inseridos num tanque de alvenaria na sede da associação, apenas como experimento”, narrou Erleide Mendes.

Contato – Quem quiser adquirir ostras da Associação dos Aquicultores de Ipioca Anjos do Mar (AAIAM) pode ir à Rua Oceano Atlântico, 46, no Residencial Refúgio das Águas, em Ipioca, ou ligar para os números (82) 3234-2644 / 9164-2821 / 9313-1087.

Agência Alagoas

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