Rio Grande do Norte quer aumentar cultivo de ostras

Sebrae e universidade realizam experiência piloto com objetivo de desenvolver atividade, opção sustentável de renda para comunidades de pescadores

Para tornar o cultivo da ostra uma atividade geradora de renda para comunidades de pescadores e aumentar a oferta desse produto em escala comercial, o Sebrae no Rio Grande do Norte está desenvolvendo uma experiência piloto em Guamaré, por meio do projeto de Maricultura, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A iniciativa tem como objetivo inicial identificar a viabilidade e estimular o cultivo do molusco para reduzir a atividade extrativista.

Uma região de sol forte, alta salinidade e vastos manguezais, com maré rica em microorganismos e partículas orgânicas. Esses atributos caracterizam o município de Guamaré, a 176 quilômetros de Natal, no litoral norte do Rio Grande do Norte, como lugar propício ao desenvolvimento de uma atividade incipiente no Estado: a criação de ostras em cativeiro. Para se ter uma noção de como a produção do marisco em território potiguar é tão baixa, basta saber que a ostra não entra nas estatísticas da aquicultura do Estado.

O projeto de Maricultura quer mudar esse quadro e alertar para os riscos do consumo de ostras sem procedência, retiradas de estuários poluídos. As ostras se alimentam de microalgas e outras partículas ao filtrarem a água do mar. Nesse processo, se as águas não são de boa qualidade, as ostras podem se contaminar principalmente de metais pesados, como o mercúrio, e repassá-los a quem degusta.

Primeira colheita

Inicialmente, foram implantadas 20 mil sementes da espécie Crassostrea rhizophorae. Hoje, nos três viveiros instalados na comunidade do Amaro, há cerca de 100 mil ostras em crescimento, com mortalidade de 20%. O projeto é acompanhado pelo gestor de Maricultura do Sebrae potiguar, Damázio Medeiros, e pelo biólogo Graco Viana. O manejo ocorre pelo controle da quantidade de ostras por viveiro. Para atingir o tamanho comercial, em torno de oito centímetros, esse marisco leva cerca de seis meses. A primeira colheita do projeto será realizada no fim deste mês.

Nesse ambiente em que a pesca artesanal contrasta com a modernidade de um parque eólico (geração de energia pelo vento) instalado na área, o pescador Antônio Fonseca, de 56 anos, olha o horizonte e vê novas perspectivas no sobe e desce das marés. Ele deixou a pesca de lado e agora se dedica ao cultivo de ostra. Com a pesca, ele ganhava até R$ 400 por semana, contudo os moluscos viraram um novo atrativo.

– Era uma renda que dependia do que pescava. Espero com esse trabalho ter um futuro melhor – anima-se.

AGÊNCIA SEBRAE

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