Rota da Truta procura atrair apreciadores da pesca esportiva para a Serra gaúcha

A truta arco-íris é a principal vedete do roteiro. Ela é originária da América do Norte e foi introduzida no Brasil principalmente no Sul e no Sudeste, nas regiões de altitude.

Fisgar turistas para a prática da pesca esportiva e para degustar as delícias à base de peixe é a grande aposta da Rota da Truta. O anzol desse novo roteiro, que envolve oito cidades da Serra gaúcha e 15 catarinenses, foi lançado em novembro, durante o Festival de Turismo de Gramado e a rede de pescadores e empreendedores já começa a crescer.

Dono da Pousada, Restaurante e Pesque-pague Truta Rodrivaris, Flávio Sebastião Silva Rodrigues, de Bom Jesus, conta que bastou a primeira divulgação da rota para sua clientela ampliar em cerca de 10%. Como pretende abocanhar um número ainda maior de público, já está providenciando melhorias no seu restaurante.

— A truta chama o turista para o lazer, para a boa culinária. Há pessoas que curtem muito o ritual de pegar o peixe e largar de novo na água. Pelos Campos de Cima da Serra, temos diversos rios que podem ser aproveitados para pesca, mediante a autorização dos donos das propriedades. Se os turistas vão à Patagônia para pescar, por que não podem também vir na nossa região? — analisa Rodrigues.

Coordenador do Departamento de Turismo de Bom Jesus, Jaziel de Aguiar Pereira explica que a rota vem incrementar as opções já oferecidas pelo Projeto Caminho dos Tropeiros em torno do ecoturismo, com trilhas, passagens por cânions, andanças a cavalo, e demais atividades relacionadas ao turismo de aventura.

— Temos hoje várias opções turísticas para fazer com que visitante durma por aqui e desfrute das belezas naturais e da gastronomia. Na Rota da Truta, há açudes de engorda de truta e pesque-pagues também com outros tipos de peixes. As trutas gostam de água limpa, por isso, costumam ser pescadas em tramos de rio, que são as partes em que a água é mais pura — esclarece Pereira.

Gestor de projetos de turismo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na Serra Gaúcha, Emerson Monteiro observa que, pela natureza e infraestrutura, há a possibilidade de os municípios explorarem o filão que gira em torno da pesca de modo integrado aos costumes daqui.

— Queremos agregar mais valor à oferta turística que já existe na região em termos de ecoturismo e turismo de aventura. O objetivo é incentivar os moradores, que já se mostram esperançosos, e fortalecer a economia local — detalha o gestor.

Quem quiser obter mais informações sobre a Rota da Truta, pode entrar em contato com o Sebrae de Caxias, na Rua Visconde de Pelotas, 130, ou pelo fone: (54) 3290.4700.

O PROJETO

Cidades que integram a Rota da Truta

No Rio Grande do Sul: Bom Jesus, São José dos Ausentes, Cambará do Sul, Vacaria, Gramado, Canela, Garibaldi e Caxias do Sul.

Em Santa Catarina: Lages, São Joaquim, Urupema, Urubici, Painel, Bom Jardim da Serra, Rio Rufino, Bocaina do Sul, Angelina, Gaspar, Pouso Redondo, Rodeio, Treviso, Campo Alegre e Ilhota.

A truta arco-íris é a principal vedete do roteiro. Ela é originária da América do Norte e foi introduzida no Brasil principalmente no Sul e no Sudeste, nas regiões de altitude.

Como ocorre a pesca

A truta é pescada através da técnica flyfishing, que é conhecida como a pesca com mosca, com a prática do pesque e solte em açudes e tanques de viveiros com produção comercial, seja para a venda de peixe ou como pesca. Nesse segundo caso, privilegiando o pesque solte por meio do fly nos rios e do pesque e pague, nos açudes. Esse tipo de pesca utiliza isca artificial denominada mosca. Ela é unida a uma linha especial para mosca e arremessada por uma vara apropriada para esta modalidade.

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