O CASO GABRIEL BUCHMANN E AS COISAS QUE A GENTE NÃO ENTENDE.

ESN: 16675-080201-838850-87

 

 

Político Brasileiro

Você talvez conheça o caso do carioca Gabriel Buchmann que está desaparecido há 11 dias no Monte Mulanje, no Malawi (um país africano). Interessado em melhorar a vida de outros seres humanos Gabriel iniciou uma viagem por vários países do mundo para estudar a pobreza e políticas que possam amenizá-la. Com esse trabalho pretendia elaborar a sua tese de doutorado e iniciar o seu trabalho em prol dos carentes.

A família está desesperada porque o governo brasileiro vem impondo obstáculos na oferta de auxílio e de ajuda financeira para as buscas. Sendo o Malawi um país extremamente pobre e sem recursos, as buscas estão prejudicadas por falta de pessoal e equipamentos como helicópteros.

O Governo Brasileiro “ajudou” pagando dois dias de voo de um helicóptero. Mas, tendo em vista a vastidão do lugar, esse tempo foi insuficiente para cobrir todas as áreas possíveis de busca. Da mesma forma, as chances de que Gabriel esteja vivo são altas porque casos anteriores resultaram em resgate de desaparecidos, mesmo após três semanas.

Até com as equipes de busca, a família vem tendo que gastar. Uma equipe canadense especializada em resgates (e que esteve presente em vários países e no WTC “no 11 de setembro”) ofereceu-se para ajudar. Bastaria que o governo pagasse as passagens do pessoal. Como isso não foi feito, a família conseguiu doações com amigos e populares e bancou a viagem e o alojamento da equipe no Malawi.

Eles precisam desesperadamente de doações para poderem bancar os custos com o helicóptero e a equipe de resgate. Um blog foi criado para centralizar as doações e facilitar a arrecadação. Visite o Blog AJUDE GABRIEL BUCHMANN e dê a sua contribuição pelo PAGSEGURO E PAYPAL. Você pode doar qualquer valor e até usar o cartão de crédito.

 

Gabriel Buchmann Ajude Gabriel Buchmann

 

Mas, e as coisa que a gente não entende?

São algumas coisas “engraçadas”; tais como: o total abandono em que são lançados os brasileiros que viajam ao exterior (os que vivem aqui já são abandonados. Imagine quem vai para longe.). A demora, a burocracia e a recusa sistemática em gastar alguns recursos no resgate da vida ou do corpo de um compatriota, quando sabemos que o Itamaraty queima fortunas imensas todos os anos (ano passado os gastos superaram 1,6 bilhões de reais) com aluguéis de mansões nababescas e desnecessárias e festinhas que nada agregam para nosso país.

Só as embaixadas do Brasil em Buenos Aires, Tóquio, Londres, Pretória e o Consulado Geral em Nova Iorque gastaram mais de 36 milhões de reais em material de consumo, aluguel de imóveis e outras “coisinhas”. Depois do pagamento de pessoal, a maior despesa dessas representações em 2007 ficou por conta de locação de imóveis: R$ 6 milhões. Para exposições, congressos, conferências, festividades e homenagens, o governo brasileiro desembolsou R$ 830 mil. Vale lembrar que essa despesa corresponde a apenas cinco das 188 unidades diplomáticas no exterior.(FONTE)

O Brasil tem recursos para bancar, a fundo perdido, ajuda política ao Paraguai, a Bolívia e a Venezuela; mas nega-se a ajudar mais ativamente e decentemente no resgate de um brasileiro vitimado em terra estranha. Não é apenas o caso Gabriel. Foram inúmeros cidadãos que ao morrerem ou sofrerem qualquer problema no exterior imediatamente se encontram largados a própria sorte. O Itamaraty faz uma aparição “pro forma” para dar uma satisfação e deixa o pessoal ao “Deus dará”. Imaginar que pagar um helicóptero por dois dias é suficiente é uma piada de péssimo gosto.

É nessas horas que bate aquela inveja dos americanos e de alguns outros países. Você sabia que os americanos tem uma equipe de cientistas forenses, arqueólogos, militares e toda sorte de profissionais que busca cada americano morto fora do país? Sabia também que eles buscam até hoje vítimas de todas as guerras em que lutaram (internas e externas) e, ao identificarem os despojos, os repatriam independente dos custos? Sabia que o Estado de Israel e alguns países árabes têm unidades que acorrem aos locais de grandes catástrofes ou onde seus compatriotas tenham morrido para coletar os restos mortais cuidadosamente e conferir as partes do corpo? As religiões desses países exigem que seus mortos sejam enterrados com o corpo íntegro.

Mas, já viu as embaixadas deles? A maioria é estabelecida em prédios “caidaços” e com quase nenhuma pompa. Gastam o dinheiro onde mais interessa; no apoio a seus cidadãos.

Não é mesmo uma coisa que a gente não entende?

Pense nisso e ajude.

No Tags

Este artigo foi escrito originalmente para o Blog Visâo Panorâmica. A reprodução só é permitida com autorização expressa do autor. Solicite atravéz daqui:arthurius_maximus@visaopanoramica.com

Assine a newsletter do Visão Panorâmica e concorra a promoções exclusivas – Veja Mais Informações Aqui –

O CASO GABRIEL BUCHMANN E AS COISAS QUE A GENTE NÃO ENTENDE.

Cerca de Arthurius Maximus

Além disso, verifique

Escritores indígenas se reúnem no Rio e mostram a diversidade cultural de seus povos

Escritores de diversos povos indígenas, entre eles Xavanti, Kaingang, Munduruku e Guarani se reuniram hoje (12), no Rio de Janeiro, para participar do 10º Encontro de Escritores e Artistas Indígenas. Eles usaram o auditório do Centro de Convenção Sul América, na cidade Nova, centro do Rio, para um momento de troca de informações e de ...

O post Escritores indígenas se reúnem no Rio e mostram a diversidade cultural de seus povos apareceu primeiro em Opinião de Valor.