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O motor 4.6 tava bala, porém, naquele 7 de setembro ficou abalado, no bom sentido, é claro. Ganhou dos amigos e familiares o melhor dos carinhos com direito a almoço na casa da comadre Regina e do compadre Alberto, chinelo hawaiana da mulher e das filhas, telefonemas – logo cedo – da mãe, dos sobrinhos, dos irmãos, do Joelito, do Chiquito, carona do Malatiel. E mensagens e mais mensagens no facebook e no celular. Foi dessa maneira que o motor 4.6 engasgou na emoção. Amor assim – deliberadamente gratuito – de gente espalhada e próxima não tem preço. Cada um veio com a sua poção de carinhocandura, cada um do seu jeito. Palavras cozidas no afeto esquentou o dia frio. O feriado foi cheio. Os ventos partiram de todos os lados. De Londrina, de Osasco, do litoral paulista, de Sampa. Daqui e dali. Não teve como não se lembrar de uma canção do Milton Nascimento na qual o Bituca canta: “homem algum será deserto ou ilha, seja lá na Dinamarca ou aqui”. Os ventos sopraram a seu favor. Ninguém se importou se o sujeito é encrencado ou não. O fato é que a cada mensagem lida dessa gente espalhada e amada, o cara se sentiu mais forte e, com a força dos amigos, apagar mais uma velinha foi a coisa mais fácil do mundo.
