A CRISE LÍBIA, O BRASIL E A DIPLOMACIA DA BUNDA DE FORA.

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Guerra na Líbia

Lute

Uma das coisas de que me lembro da minha infância era um ditado que minha mãe costumava repetir: “Quem muito se abaixa acaba com bunda de fora”. E, pensando bem, nenhum outro dito popular serve tão bem para definir a diplomacia brasileira do pós “Era Lula” como este.

Derrotados em todos os embates internacionais que disputamos, humilhados internacionalmente na questão iraniana, feitos de palhaços em Honduras e enganados tristemente pela China, que arrancou de nós o status de “economia de mercado” em troca de um apoio prometido às nossas pretensões ao Conselho de Segurança da ONU. Apoio este, logo depois, entregue, de bandeja, à Índia. Para mostrar o “sucesso” de nossas técnicas diplomáticas com a China, basta lembrar do recado dado “na lata” pelas autoridades econômicas daquele país, durante os preparativos para a visita de Dilma: “Se desejam vender mais no exterior; que tornem seus produtos mais competitivos”.

Essa “marra” toda se deve graças ao status de “economia de mercado” dado por Lula à China. Com isso, ficamos impossibilitados de reclamar, junto a OMC – Organização Mundial do Comércio – das práticas nocivas que o gigante asiático vem adotando para dominar mercados que antes eram nossos e nem mesmo podemos retaliá-los.

Nossa diplomacia também foi responsável por apoiar um intolerante egípcio que adorava queimar livros “ofensivos” ao Corão em praça pública para a chefia da UNESCO. Derrotados mais uma vez, nos voltamos para apoiar ditadores e genocidas africanos – alguns dos quais condenados pelo tribunal de Haia e com ordens internacionais de captura expedidas – e passamos a chamar todos de “democratas”.

 Massacre de Civis na Líbia

Lute

Também na nova era de nossa diplomacia, pululam os roubos de obras de arte, os escândalos de superfaturamento, as despesas inexplicáveis e os desvios de verbas nas embaixadas e consulados mundo a fora. Alguns deles levam anos para serem descobertos e nenhum deles, até agora, resultou em punição ou em recuperação do que nos foi roubado.

Agora, visando coroar de êxito a nova orientação do Itamaraty e afirmar que o Brasil é uma nação que tolera o genocídio, a tortura e a violação dos direitos mais fundamentais dos seres humanos; nossa diplomacia se abaixa novamente, capitaneada pela presidente Dilma e pelos acéfalos que a orientam, e se abstêm de votar a intervenção internacional em prol do fim do genocídio do povo líbio.

O argumento de que nossa diplomacia tem tradição não-intervencionista simplesmente não pode ser usado para a ocasião. Afinal de contas não se trata de uma intervenção. Trata-se do atendimento a um clamor do próprio povo líbio que luta desesperadamente para libertar-se do julgo do “democrata” Kadafi e viu-se atacado por uma máquina de guerra desproporcional e esmagadora.

A abstenção e a crítica atual às operações militares são tão infundadas e estúpidas que a ONU sequer autorizou uma invasão. Não haverá invasão por terra. Trata-se apenas de uma intervenção aérea que visa inativar a artilharia pesada, mecanizada e a força aérea Líbia que estavam sendo usada, sem piedade, contra civis desarmados ou armados apenas com armas leves – impondo o genocídio aos rebeldes líbios que desejam apenas o direito de escolher seu governante. A desculpa é tão esfarrapada que na coalizão estão presentes países árabes – tradicionalmente os primeiros a “pular” contra qualquer ação militar ocidente/oriente. Afinal, até os países árabes compreenderam a importância e a necessidade do ato e as consequências desastrosas, para a população civil, advindas de um atraso nas operações.

Kadafi o louco Lute

Ao invés de declararmos o óbvio – “Desejamos que o conflito seja resolvido pela paz” – devemos compreender que Kadafi assim não o quer; pois usa crianças e civis como escudos humanos e ordena o uso de artilharia aérea pesada sobre a multidão desarmada e indefesa nas cidades rebeladas.

Temos é que entender o simples fato de que se quisermos ocupar nosso lugar de liderança no mundo; deveremos compreender que nem tudo são flores e que, vez por outra, para que haja paz é necessário pegar em armas.

Não podemos nos acovardar e nos esconder por trás de ideologias velhacas, sentimentos oriundos de um mundo que não existe mais e continuarmos pensando como se estivéssemos em plena Guerra Fria. Se continuarmos tentando nos esquivar de nossas responsabilidades como nação que deve respeitar os direitos humanos, preservar a democracia e garantir que nenhum outro povo, que nos peça ajuda, ganhe de volta uma cusparada no rosto; acabaremos pagando um preço altíssimo junto à comunidade internacional.

E isso não será nada bom para nós.

Pense nisso.

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