É preciso aprender a perdoar

Desde que o movimento de nova era começou a se manifestar em nosso planeta e em nossas vidas pessoais, ouvimos falar sobre a necessidade do perdão. Encontramos referências à necessidade dessa prática em todos os sites e livros de nova era que estão espalhados por aí.

Mas será que exercemos verdadeiramente o perdão em nossos corações? Perdoar requer atitude de sobriedade e aceitação, por isso se encontra além das palavras. O perdão, como tudo, deve brotar da consciência e dos limites de cada um. O exercício do perdão deve, primeiramente, ser praticado através do autoperdão, que muitas vezes é uma das atitudes mais difíceis.

Será que perdoamos nossos erros do passado, nossas faltas e falhas, nossos limites? Será que aceitamos nossa condição humana de seres limitados, ignorantes e aprendizes?

Muitas vezes o orgulho e a arrogância de sermos mais que os outros não permite esse perdão. Devemos vasculhar nos mais recônditos lugares de nosso mundo inconsciente para encontrarmos nossos verdadeiros motivos. E muitas vezes nos depararemos com o orgulho, que não nos permite admitir que pecamos contra nós e contra os que mais amamos, por incapacidade, covardia, egoísmo, impotência e limite. Nossos limites humanos gritam dentro de nós, bem como a culpa pelos nossos erros.

Como é difícil nos perdoar quando cometemos erros que envolvem quem amamos, quando nos violentamos ou permitimos a violência. Como é difícil nos perdoar por tantas faltas que cometemos quando nossas consciências são despertadas e saímos da ignorância. Será que é por essa razão que muitas vezes preferimos fingir não enxergar? Muitas vezes preferimos continuar nosso caminho camuflando nossa culpa e nos submetendo ao sacrifício e à autopunição, na esperança de nos redimir de nossos erros? Esse é um perigoso momento, quando acreditamos que a autopunição, irá nos redimir dos pecados que cometemos contra nós. Muitas vezes passamos grande parte de nossas vidas crucificados, julgados e condenados por nós mesmos, num movimento persistente e destrutivo de autopunição.

É natural que, dentro das leis que regem nosso Universo, passemos por graves problemas, tão graves que muitas vezes perdemos o chão, a razão, a consciência e, de repente, nos vemos repetindo padrões antigos, padrões que muitas vezes criticamos em outras pessoas. Em momentos de profunda dor e confusão, experimentamos toda angústia e raiva ancestrais que nem ao menos sabíamos que existiam.

Precisamos aprender a nos perdoar
Perdoar nossa ancestralidade, nossa origem, nossos limites humanos. Perdoando passamos a aceitar essa mesma ancestralidade, essa mesma origem e esses mesmos limites. Mas para que isso aconteça devemos nos isentar dos conceitos, dos rituais, de toda manifestação externa da prática do perdão. Como disse anteriormente, perdoar deve ser um ato de consciência; portanto, deve brotar da experiência e da consciência da dor. Nesse lugar não cabem a revolta nem o engano, mas a entrega e a aceitação. Nesse momento experimentamos a expansão, nossos corações se iluminam e se aquecem e a sensação é de libertação.

No entanto, como esse é um padrão que construímos a partir de nossa ignorância, há uma tendência natural de repeti-lo. Para que isso não aconteça, é preciso ter total consciência de onde colocamos o nó e devagar, com amor e paciência, desatá-lo. E é claro que podemos fazer isso.

Para perdoar é preciso exercer a humildade, que não é uma virtude natural a todos. É preciso a aceitação de que existe algo maior e mais poderoso que nós e que vive dentro de nós. É nosso lado destrutivo-transformador unido ao lado destrutivo-transformador do Universo – Kali na filosofia indiana. Passamos pelo inferno e devemos nos perdoar por isso.

Na mitologia existem seis rios infernais que representam esse processo em nossas vidas. Eles são: o Estige, que significa ódio, suas águas são relativas ao veneno que todos possuímos dentro de nós; o Aqueron, que significa “fluxo de angústia”; o Cocytus, lamentação; Aornis, que significa “desprovido de pássaros”; Letes, esquecimento, e o Flegethon, combustão. Toda simbologia se refere aos sentimentos que somos arremessados quando passamos por esses momentos de terrível dor. Em Estige experimentamos o ressentimento, mas devemos deixar o abençoado Letes limpar com suas águas do esquecimento toda angústia, ódio, combustão e ausência de alegrias que vivemos enquanto estivemos imersos em nossas faltas e dores.

Letes é a benção divina do esquecimento, que nos permite continuar nossa jornada em direção a uma nova vida. Mas somente poderemos nos banhar e mergulhar em suas águas, quando aprendermos, a partir de nossa consciência, a aceitação de nossos limites humanos e praticarmos verdadeiramente o exercício do perdão.

Fonte – Terra Esotérico

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