ABRIR, FECHAR E TRABALHAR – OS DESAFIOS NO PAÍS DO BOLSA FAMÍLIA.

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o PAÍS bUROCRÁTICO

 

Ao contrário do mar de rosas que as campanhas políticas e a propaganda estatal venderam durante todo o ano que vai terminando, o futuro governo Dilma encontrará os mesmos problemas crônicos que Lula não resolveu e que fazem do Brasil um país onde é um verdadeiro crime empreender.

Em recente estudo divulgado pelo Banco Mundial, a situação do Brasil piorou nesse quesito. Em cento e oitenta e três países pesquisados pela entidade, nosso Paraíso Tropical ocupa a “honrosa” posição de número 127 do ranking de melhores países para empreender.

Isso nem seria lá grande coisa, porque o Brasil sempre foi considerado um país em que ser empreendedor é sinal de tormento, problemas variados e uma verdadeira luta contra a burocracia assassina, impostos altíssimos e a voracidade dos agentes públicos corruptos. O grande problema é que, ao contrário do que o governo insiste em dizer, o país piorou sua posição no ranking e tornou-se ainda mais avesso ao empreendedorismo do que no passado. E nem precisamos ir muito longe no tempo: no ano passado ocupávamos a posição de número 124; ou seja, perdemos três posições no ranking.

Essa “revolução” no empreendedorismo brasileiro fez com que Moçambique – do “evoluído” continente africano – passasse a ser considerado um lugar melhor para se empreender do que o Brasil, além de nos deixar atrás de praticamente todos os países vizinhos.

 

Futuro

 

Se abrir uma empresa por aqui pode levar mais de quatro meses; fechá-la é um verdadeiro pesadelo burocrático e pode levar até quatro anos de idas e vindas a cartórios, repartições públicas lotadas de funcionários que criam dificuldades para vender facilidades e toda sorte de problemas burocráticos.

Quando sabemos que são justamente as pequenas e microempresas as principais responsáveis pela absorção da mão-de-obra em todas as camadas sociais e pela entrada no mercado produtivo de milhões de jovens que buscam o seu primeiro emprego; podemos ter uma clara ideia de como a piora nesse índice reflete uma situação preocupante.

Ao usar o BNDES para priorizar os grandes negócios dos “amigos”, ao invés de usá-lo para a destinação para a qual foi criado, o governo dá um cheque mate no futuro produtivo do país e avança, a passos largos, para afundar a nação no que é conhecido como a “maldição do petróleo” – quando países produtores s transformam em reféns do óleo e abandonam as outras vias de geração econômica – o que, em longo prazo, pode acabar nos transformando economicamente em um país “árabe” ou numa Venezuela (no sentido da destruição econômica e da dependência única do petróleo).

Esse será o maior desafio do governo Dilma porque os sinais de que o processo já está em andamento estão aí para quem quiser ver: a atividade industrial cai vertiginosamente, as empresas exportadoras começam a ter problemas de vazão de produção e de caixa e alguns projetos alternativos ao petróleo estão hoje, simplesmente, abandonados.

E preciso que os políticos entendam o fado do petróleo ser uma riqueza com data marcada para acabar. Ao concentrarmos toda a nossa energia na indústria petrolífera e no que a cerca, deixando de cuidar e fomentar o resto da cadeia produtiva, estamos projetando para nossa nação um futuro repleto de incertezas e de problemas quando o “ouro negro” acabar; deixar de ser importante para o mundo ou apenas deixar de ser economicamente viável explorá-lo.

Pense nisso.

 

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