COMO DESTRAVAR O BRASIL – DIRETO DO CLUBE MILITAR.

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Brasil, Lula e o Clube Militar

 

Como continuidade da nossa série de artigos pinçados do editorial do Clube Militar, trazemos para vocês, leitores do Visão Panorâmica, um artigo assinado pelo General do Exército GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO que também é o presidente do Clube Militar. Uma visão interessante sobre as críticas que Lula fez aos dispositivos de fiscalização de obras e uma resposta às críticas feitas pelo presidente que, pelo menos em tese, deveria ser o principal interessado na moralização e na garantia do gasto correto do dinheiro público.

Mais um excelente artigo que nos faz pensar em como as pessoas mudam ou escondem as suas verdadeiras intenções atrás de discursos que agradam o eleitorado mais desatento.

Boas leituras.

 

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O presidente da República fez uma surpreendente declaração durante a posse do novo advogado geral da União, quando disse que é difícil governar o país com a máquina de fiscalização atual. Afirmou, ainda, que o Brasil está travado. Sobre o assunto, falou o Presidente do TCU, Ubiratan Aguiar: “Nós chamamos de grau de irregularidade quando está caracterizado sobrepreço, fraude, conluio, direcionamento. São os fatos mais graves que indicam que a obra deve ser paralisada”.

As queixas poderiam soar de forma estranha, partindo de quem deveria ser o primeiro a pugnar pela lisura das obras que realiza. No entanto, a experiência pregressa do tratamento que o atual governo dá a temas que envolvem ética e moralidade pública faz com que fato deixe de ser exatamente uma surpresa.

Quando o país, perplexo, tomou conhecimento do mensalão, nosso primeiro mandatário, rapidamente, tratou de informar ao distinto público, contrariando todas as evidências, que de nada sabia, que nada tinha com a artimanha armada por seu partido, ao lado de seu gabinete de trabalho. Tratou, também, de minimizar os escabrosos acontecimentos e as faltas dos “companheiros”.

Quando a imprensa mostrou a existência de gastos com cartões corporativos, feitos por pessoas de sua família e seus auxiliares diretos, aparentemente sem controle e substancialmente superiores à de gestões passadas, tratou de abafar a questão sob a inverossímil desculpa da segurança nacional.

Quando o Congresso Nacional pretendeu investigar denúncias sobre o favorecimento de prefeituras do PT nos patrocínios da Petrobras, usou seu “rolo compressor” para tentar impedir a CPI. Como não tivesse conseguido seu intento, por um descuido de sua “tropa de choque”, tratou de controlar a Comissão, de forma que nada pudesse ser investigado.

Quando – o Presidente – se vê constrangido a explicar as esdrúxulas alianças políticas que tem feito, é capaz de dizer os maiores disparates, como a declaração feita à Folha de São Paulo: “Nunca fiz concessão política. Faço acordo… Se Jesus Cristo viesse para cá e Judas tivesse a votação em um partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”. Além do desrespeito à fé cristã, professada pela maioria de seus eleitores, demonstrou completa ignorância sobre as escrituras sagradas. Jesus nunca buscou composições com quem quer que seja. Ao contrário, por não abrir mão da verdade, foi levado ao sacrifício supremo. Resposta adequada recebeu de Dom Dimas Lara Barbosa: “Sem dúvida, Judas foi um dos discípulos de Cristo. Mas quero lembrar que Cristo não fez alianças com fariseus e saduceus”. Essa declaração, por outro lado, mostra todo o sentido ético do Presidente. Notem que ele usou o termo qualquer. Qualquer partido, desde que tenha votos. Não interessa seu ideário ou sua conduta política. O Governador José Serra resumiu bem a questão: ”A entrevista com Lula mostra bem o que ele é. De ponta a ponta, na forma e no conteúdo”.

O Brasil precisa ser realmente destravado. Inicialmente, é necessário promover as reformas estruturais de que o país tanto carece – reforma do estado, reforma política, reforma tributária, reforma trabalhista. Perceba-se que para implantar essas reformas, no atual contexto político, o primeiro passo indispensável é a iniciativa da presidência da república. Depois, o empenho da “tropa de choque” que, até agora, demonstrou bastante competência, mas para barrar CPIs.

É preciso, também, melhorar, e muito, nossa infra-estrutura logística. Para isso, obviamente, é imprescindível a realização de muitas obras. E para essas obras não pararem, há uma receita bem simples: cumprir a lei. Em vez de ficar vociferando contra os órgãos fiscalizadores, não permitir que as licitações contenham sobrepreço, fraude, conluio ou direcionamento, mesmo que o responsável seja um “companheiro”. Assim o Brasil estará destravado.

 

Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO

Presidente do Clube Militar

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Este artigo foi escrito originalmente para o Blog Visâo Panorâmica. A reprodução só é permitida com autorização expressa do autor. Solicite atravéz daqui:arthurius_maximus@visaopanoramica.com

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