JOSÉ SERRA, REZAS, PRECES, ORAÇÕES E UM POVO QUE PADECE.

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José Serra

Há quanto tempo o mundo debate o aquecimento global e o caos climático que se abateu sobre nosso planeta? Há quanto tempo chuvas torrenciais assolam São Paulo e outros estados brasileiros? Há quanto tempo se discute a impermeabilização excessiva do solo, nas cidades brasileiras, e a necessidade de pesados investimentos em infraestrutura de proteção de morros, encostas, margens de rios, canais e todo o aparato urbano que vise à contensão ou o escoamento da água?

Se você é um mero cidadão contribuinte, provavelmente você responderá que faz muito tempo. E estará completamente certo. No caso específico de São Paulo, desde antes do governo de Erundina (lá em 1988) as enchentes já eram um problema grave na capital e no interior.

Mais de vinte anos depois, os paulistanos submersos e soterrados devem engolir de seu governador que “devemos rezar” para que a “mãe natureza” seja bondosa. Afinal de contas, choveu demais.

Sim; em uma coisa temos que concordar: qualquer cidade do planeta sofreria com um temporal como este. A verdadeira questão não é esta. A pergunta por trás do temporal deve ser: “Quanto sofreriam?”

Afinal de contas, é muito fácil imaginar que uma cidade bem preparada, com um serviço de escoamento adequado e com a preocupação de garantir saídas para a impermeabilização do solo, com o uso das mais modernas técnicas disponíveis (e nem sempre caras) que visem reter o maior tempo possível à água em tubulações ou em bolsões espalhados por vários cantos da cidade.

Quem não conhece, pelo menos dos filmes, os enormes canais de Los Angeles, destinados ao escoamento das chuvas torrenciais que caem na cidade e nas cabeceiras dos rios que passam por ela? Nada mais do que uma enorme vala aberta que corta a cidade e recebe grande parte da carga pluvial produzida. O resultado? Quantas enchentes você viu noticiadas em Los Angeles nos últimos vinte anos?

Logicamente, não podemos comparar o clima de lá com o nosso. No entanto, a ideia é simples, mais barata que os piscinões e resolve o problema. Por que não estudá-la e adaptá-la as nossas necessidades?

Por que a prefeitura de São Paulo gastou apenas sete por cento das verbas destinadas à prevenção das enchentes e o governo de Serra menos ainda? Por que não se utilizam mais paralelepípedos no calçamento de ruas secundárias ao invés do asfalto? Por que ao invés de calçadas enormes de concreto liso, não adotar placas grelhadas que permitiriam ao terreno absorver mais água e diminuir a sobrecarga do sistema? Por que não se plantam mais árvores na cidade (afinal elas retêm uma boa quantidade de água em suas copas)? Por que, ao receberem previsões de fortes chuvas, não se promove um recolhimento emergencial do lixo em áreas críticas da cidade? Por que não são promovidas campanhas educativas para a população sobre a sua parcela de culpa nas enchentes? Por que não se aplicam multas pesadas aos porcalhões teimosos que insistem em jogar lixo nas ruas e nos rios?

 

Enchentes e a parcela de culpa do povo

Como você pode ver, soluções para evitar catástrofes frequentes existem e nem são muito caras ou mirabolantes. E, mesmo que as grandes enchentes sejam inevitáveis; numa cidade preparada para suportá-las e para livrar-se da água o mais rápido possível, os danos e os custos em vidas humanas seriam consideravelmente menores.

Mas, José Serra prefere rezar e, como um Xamã Ancestral, clamar à natureza e aos elementos. Infelizmente, para os que morrem ou perdem tudo pelo que lutaram a vida toda, José Serra e políticos demagogos e mentirosos como ele se parecem muito mais com um maldito Nosferatu a sugar-lhes o sangue e as alegrias da vida.

Ao fim de tudo, fica a pergunta maior: até quando nosso povo se recusará a compreender que é dele a culpa por seu próprio sofrimento, ao escolher políticos baseando-se apenas na mídia e nos discursos de campanha.

Pense nisso

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