SARNEY, RENAN, A ÉTICA E O QUE HÁ DE ERRADO.

ESN: 16675-080201-838850-87

 

Sarney e Dorian Gray

 

 

A sessão do senado de hoje ratificou o que todos nós já estamos carecas de saber: Os políticos brasileiros merecem perder seus cargos.

O arquivamento das denúncias contra Sarney (o que já era previsto) e a enxurrada de escorregões cometidos por ele (e que configuram novos crimes em relação ao decoro parlamentar) ao mentir descaradamente, tentando se desvincular dos atos secretos, e negando conhecer pessoas que posaram ao seu lado em fotos recentes e, como se não bastasse isso, das quais foi até padrinho de casamento;  reflete a máxima do político apanhado de calças curtas: Negue tudo até o fim.

Seu principal defensor, Renan Calheiros, sustentou desculpas do mesmo nível há alguns anos atrás ao ser acusado de sustentar a pensão do filho que teve com a amante com dinheiro desviado do senado.

Sarney, embalado pelas ordens de Lula, mantém-se a todo custo e empenha-se em negar o inegável enquanto o tempo passa. O festival de exposição de rabos presos que estamos vendo e os “dedos sujos” que pilotam jatinhos, pagam “personal trainer” e bancam funcionários fantasmas, são os mesmos que apertam mãos e seguram criancinhas remelentas a cada eleição. São os mesmos dedos sujos que são ovacionados e referendados pelo eleitor eleição após eleição.

 

 

Renan e a Quadrilha 

 

Senadores que se atacam mutuamente apenas para as câmeras e para os inocentes. Quando, na verdade, secretamente temem os dossiês, as chantagens e as revelações de suas próprias indiscrições e ilicitudes. Se acovardando diante do mau e dos corruptos porque, se investigados, também não resistirão à luz lançada sobre suas vidas. Outros, com o olhar faiscando de ódio, ordenam aos colegas que engulam o que disseram. Como se falassem ao mesmo tempo para aqueles idiotas que o elegeram e morrem no marasmo e no descaso provocados por sua própria ignorância e falta de memória.

O cúmulo de toda essa lama; é ver um senador ocupar a tribuna da casa para dizer que “se acomoda a ética que escolherem”. Como se, um homem de bem mudasse seu caráter ao bel prazer da corja com a qual entrasse em contato. A ética de um homem público é uma só: não roubar, lutar pelo povo e pelo engrandecimento do Brasil e nada mais. A Ética não é algo que se mude ao sabor do grupo ou com o tipo de local que se frequente. Ética é ter caráter e isso ninguém consegue mudar. Ou se tem, ou não se tem. Simples assim. Da mesma forma que um partido político não pode ser uma gangue que defende cegamente um membro, mesmo sabendo que se trata de um sujo corrupto.

Mas, essa visão móvel da ética é a principal responsável pelo que vemos hoje. Cada um muda a sua ética de acordo com os interesses do momento. Ontem se odiavam e se acusavam; mas, amanhã, podem se amar e partilhar o mesmo butim.

O bate-boca, os xingamentos e todo o mal estar denotam apenas o medo que ambos os lados sentem: De um lado, um com medo de perder o poder e a facilidade de controlar os fluxos de dinheiro e influência. Do outro lado, o medo de se expor atacando para conquistar a atenção da mídia e mais alguns votos e ter as suas próprias mazelas esfregadas nas fuças.

O mais incrível é que em 1964 precisou acontecer muito menos do que isso para que se tomasse uma providência. O que esse pessoal esquece; é que a sede com que vão ao pote é tão grande e tão explícita que pode acabar provocando a perda do pote ou a secura da fonte. O que estamos vendo é de enojar e de revirar estômagos dos homens mais duros.

 

 Ética

 

 

Seria ótimo que os corruptos devorassem a si mesmos em um enorme banquete de denúncias e de exposições de mamatas e maracutaias das mais diversas. Quem sabe assim nossa política seria finalmente depurada e o país teria espaço para crescer e promover uma vida melhor para todos nós. Infelizmente, sabemos que isso não passa de um sonho e que todo esse teatro em nada resultará.

Nossos homens públicos não temem mais expor as suas obscenidades e indiscrições. Eles as bradam aos quatro ventos como se fossem emblemas e medalhas cobertas de honra. Quanto mais podre e mais sujo; mais honrado e destacado entre os seus.

Mas, o que há de errado em tudo isso?

Apenas uma coisa, caro leitor: nós mesmos.

Pense nisso.

Reage Brasil

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