O TEMPO E O PROCRASTINADOR

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“Não há vento favorável, para quem não sabe aonde quer chegar”.

 

 Sêneca

A partir de uma visão empresarial, o tempo é um recurso finito – como o petróleo, o carvão, o outro e a boa vontade. Ele pode ser esticado e – uma vez gasto – não pode ser recuperado.

Ao contrário dos recursos físicos, ele não pode ser armazenado na prateleira, e não é possível fazer um pedido e mandarem mais do estoque. O tempo começa a se esgotar desde o momento em que o relógio inicia a marcação e, numa empresa em crescimento, parece nunca haver tempo suficiente.

…“Administrar bem o tempo tem sido, para a maioria das pessoas, uma espécie de missão impossível. Não faltam motivos para acreditar nisso. Segundo pesquisa feita entre 2000 e 2001 pela International Stress Management (Isma), no Brasil a média semanal de horas trabalhadas varia de 47 a 49, o que representa um mês à mais ao ano quando comparada à de dez anos atrás. Ao mesmo tempo, o universo corporativo vem passando por profundas transformações. As organizações estão mais enxutas, o trabalho está cada vez mais complexo e a pressão por resultados só faz aumentar. Vivemos uma angústia permanente por não conseguir absorver o volume de informações disponíveis. Numa simples banca de jornal existem mais de 3 mil títulos à venda, entre jornais, revistas, fascículos, edições especiais etc. No ano de 2000, foram lançadas e reeditadas pelas editoras mais de 45 mil obras, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro. E há ainda a Internet. Sobra pouco ou quase nenhum tempo para família, filhos, exercícios físicos, lazer”…. (Você s.a., março/2002, Edição nº 45, p. 27).

…“Procrastinar é sinônimo de deixar para amanhã, “empurrar com a barriga”, prostergar, adiar.
É um comportamento de autodefesa, um modo de diminuir diversos medos. Segundo Neil Fiore, da Universidade da Califórnia, em Berkley, “é um mecanismo para enfrentar a ansiedade associada com iniciar ou completar qualquer tarefa ou decisão”….

…Procrastinadores pensam ter uma falta de habilidade em gerenciar seu tempo. Procuram livros e cursos sobre o assunto, mas todas as abordagens tradicionais falham. Procrastinadores crônicos, em vez de fazerem as coisas, tendem a gastar seu tempo pensando sobre o que eles deveriam estar fazendo. E é aí que a vida se vai.

É preciso entender que seu comportamento é uma tentativa de resolver uma variedade de questões, em que aparecem perfeccionismo, baixa auto-estima, medos, desequilíbrio entre trabalho e lazer.

São cinco os grandes medos que conduzem à procrastinação: medo do fracasso (a procrastinação dá uma desculpa para não atingir a nota ou desempenho máximo), do sucesso (mantém-nos afastado do melhor e das conseqüências que podem advir), de perder a batalha (um modo indireto de resistir à pressão de autoridades), da separação (se você valoriza acima de tudo sua individualidade e solidão e se sente ameaçado quando se envolve demais com outras pessoas).”… (Revista Vencer, nº 24, Setembro/2001, p. 35 e 36).

…“Entre a fauna de procrastinadores, podemos identificar algumas espécies bem definidas:
Procrastinador Emocional: o que não consegue fazer nada que não atenda a suas aspirações de satisfação imediata. Na filosofia poderia ser classificado como um hedonista. O que dá prazer, faço agora, o que não dá, deixo para depois, quem sabe para o dia de São Nunca.

Procrastinador Estressado: o que qualifica todas as tarefas, ou a maioria delas, como barreiras quase intransponíveis a serem superadas todos os dias. O estresse que rola em seu dia-a-dia, fatalmente provoca acúmulos, delongas e procastinações. O grande problema do estressado é o de não confiar em suas próprias habilidades para resolver os problemas básicos.

Procrastinador Confuso: o que é incapaz de priorizar. Embaralha as tarefas aleatoriamente, sem uma cronologia que obedeça à lógica simples de se fazer primeiro o que é mais importante, e depois o restante. Acaba tendo que deixar para amanhã alguma coisa que tinha que ter sido feita hoje.

Procrastinador Atemporal: o que não tem noção de tempo. Administra os minutos como se fossem horas e vice-versa. É aquele cuja frase preferida é: “Meu sonho de consumo é um dia de 48 horas”.

Procrastinador Preguiçoso: o que acha que nada é mais importante do que seu conforto. É o tal que acredita que o que é vital hoje será importante amanhã e secundário depois de amanhã. Portanto não há nada que o tempo não resolva. Deixa quieto!

Procrastinador Folclórico: o que se orgulha de ser o que deixa para depois, pois nato tem outra maneira de se diferenciar dentro da empresa.

Independente da variedade, não há como deixar de reconhecer um exemplar procrastinador. É aquele para quem, com o tempo, já não se dá nenhuma tarefa importante. Vira motivo de comentários maldosos ou engraçadinhos.”… (Revista Vencer, nº 24, Setembro/2001, p. 98).

E aí, você é um procrastinador?

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