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Brasília terá unidade modelo de produção de peixe

Produzimos pouco e o peixe está caro. Por isso, o consumo é baixo.   O Ministério da Pesca e Aquicultura lançou nesta segunda-feira (03/09), a 9ª edição da Semana do Peixe no Distrito Federal, que vai até o dia 17 de setembro em todo País. A abertura foi no Mercado do Peixe de Brasília, que [...]

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Obsolescência Programada



Muito se comenta hoje em dia sobre a velocidade imposta pelo capitalismo globalizante. Rapidez na informação, na geração de conhecimento (útil ou não), na produção, na consequente geração de lucros, no deslocamento de pessoas e da produção, e por aí vai.

Porém, essa velocidade dita como positiva para a sociedade, traz consigo um elemento que só vem a reforçar o desequilíbrio socioeconômico, que é a Obsolescência Programada (Planejada). Isto se caracteriza como sendo o curto tempo de vida útil de determinado produto, que pode ser devido ao seu próprio mal funcionamento ou então, e o que mais ocorre, na substituição por outro mais "moderno".

A cada minuto é lançado um produto novo que irá substituir outro produto que foi lançado no minuto anterior, com promessas de ser o top dos tops do modelo. Exemplos disto não faltam, como os celulares, computadores, aparelhos de TV e de som, automóveis, eletrodomésticos, etc.

Tornar o objeto de consumo rapidamento obsoleto passou a ser um estratégia das empresas para que seus lucros fossem cada vez mais elevados, visto que cada vez que um produto precisa ser substituído por ter estragado ou é lançado um novo produto que realiza as mesmas funções do anterior possuindo apenas UM elemento novo, a sociedade irá fazer o possível para comprar a novidade, consumindo em maior escala, gerando lucros proporcionais a quem possui os meios de produção.

E onde entra a desigualdade social nisto? Pois entra na crescente taxa de consumo. A sociedade cada vez mais consumista gera endividamento e geração de débitos na grande massa assalariada e proporciona lucros cada vez mais vultuosos a quem produz.

Claro que seria muito fácil falar que a solução é não consumir tanto, adquirir apenas aquilo que realmente necessitamos. Mas digo que é muito difícil tal feito, visto que somos seduzidos todos os dias com o marketing monstruoso desses produtos em qualquer tipo de mídia, seja TV, rádio, internet, outdoors, sinal de fumaça e o diabo a quatro.

Sem contar que há o vício pela tecnologia causado pelo uso, já nos acostumamos a possuir ou tentar possuir o que há de mais moderno, as novidades, os lançamentos. Tornamo-nos dependentes e reféns da tecnologia.

E realmente precisamos dessa tecnologia, pois muitas vezes nos auxiliam e melhoram as nossas vidas. Mas o que não pode é sermos transformados em meros objetos consumidores, como se fossemos máquinas de comprar, sem individualidades e sem vontades. Apenas consumidores.



Dica: recomendo a leitura de "Produção Destrutiva e Estado Capitalista", de István Mészáros.

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