MARGINAIS, PROFESSORES E O SEPULTAMENTO DO FUTURO.

ESN: 16675-080201-838850-87

 

Sérgio Cabral, o omisso fantasioso

Ontem o Rio de Janeiro viu a coroação da política de educação de um demagogo e despreparado. Assim como outros que o antecederam, Sérgio Cabral prometeu assumir o cargo garantindo melhorias nas escolas; valorização dos professores e demais profissionais ligados à educação e, essa tão desejada valorização, passaria pela óbvia melhoria salarial. Exatamente a mesma promessa que ele fez aos profissionais da segurança pública.

Da mesma forma que não cumpriu o que prometeu aos policiais; nosso governador nega aos professores o que, segundo suas palavras em um documento assinado, era “líquido e certo” em seu governo.

Infelizmente, triste é quem se iludiu com o discurso de um político que se elevou no cenário carioca apresentando e aprovando leis (que sabia serem inconstitucionais), apenas para lucrar politicamente (como foi o caso dos remédios gratuitos para idosos). Alguém que presidiu a Câmara dos Deputados e apoiou de perto dois dos governos mais acusados de sujeiras e irregularidades que o Estado já viveu: Os governos Garotinho e Rosinha. Triste e infeliz é quem pensou que um dos senadores mais omissos da história do Congresso Nacional trabalharia com afinco em prol de categorias tão vitais como professores e policiais.

O resultado culminou num confronto entre duas classes completamente abandonadas e relegadas a um plano inferior nos projetos do governo estadual e que possuem um papel fundamental na sociedade. O que se viu ontem foi resultado da ordem direta de alguém que se diz democrata e que, nos bastidores, age como um déspota prepotente e arrogante.

Valorizar os professores não é conceder-lhes um aumento salarial que, em seis anos, representará pouco mais de 1% em seus vencimentos. Valorizar os professores não é dizer que a Constituição limita os investimentos na educação a 25% das verbas enquanto investe várias vezes mais em publicidade pessoal, ocupando canais de televisão, jornais e todos os meios de comunicação com matérias pagas, a peso de ouro, para “mostrar ao mundo” as suas “realizações”.

O confronto ocorrido ontem, entre professores e policiais, demonstra claramente o valor que o governador confere a essas duas classes. A primeira é tratada como marginal e submetida ao vexame da humilhação pública, simplesmente porque cobra uma promessa feita pelo próprio governador em um documento assinado com grande estardalhaço durante a campanha eleitoral (alguma novidade?). A segunda se submete às ordens absurdas de atacar uma manifestação ordeira e não violenta na vã tentativa de mostrar-se ativa e subserviente para conseguir o que também lhe foi negado.

Se analisarmos bem o referido documento (leia abaixo); veremos que Cabral manda “uma letra” aos professores que não foi compreendida por eles à época. No penúltimo parágrafo, Cabral antecipa: “Não tenho compromisso com ninguém…”

 

Cabral e as promessas vazias

 

O governador esquece (e os políticos brasileiros em geral) do fato de que professores mal pagos e escolas sucateadas são o ambiente propício para a criação dos verdadeiros marginais que deverão ser combatidos no futuro e o enorme prejuízo que essa violência feroz e sem fim causa aos cofres públicos e as vidas de milhões de pessoas. Um futuro que acontece a trinta anos em nosso estado ininterruptamente. Afinal de contas, o “agora” é o futuro de um momento em que se concluiu que escolas de qualidade e de tempo integral nas favelas e nas comunidades carentes eram “coisa de maluco” e “um gasto desnecessário”. No hoje, que é o futuro do ontem, constatamos que aquelas crianças largadas nas comunidades e nas áreas conflagradas, durante boa parte do dia para que se economizassem “uns cobres”, estão nos morros dispostos a matar e a morrer com fuzis e armas de guerra (isso é claro, as que sobreviveram todo esse tempo) infernizando a vida dos cidadãos de bem e levando prejuízo e caos a economia de bairros inteiros.

Comete-se agora o mesmo erro do passado. Nega-se a valorização e o salário digno aos formadores de mentes e, ao invés do diálogo, lhes é oferecido o chicote. O futuro de hoje será como o futuro de ontem: um momento de dor e de desespero de uma população que está cansada de dar abrigo a oportunistas e a políticos que enxergam o Estado do Rio de Janeiro apenas como um trampolim para suas ambições maiores ou simplesmente como um organismo a ser parasitado para que enriqueçam facilmente.

E, o pior de tudo, com as bênçãos da grande maioria iludida e alienada dessa mesma população.

Pense nisso.

 

 

Figura1

Figura2

Figura3

Figura4

Lembre-se disso nas próximas eleições e faça com que os deputados saibam que você se lembrará. 

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