Crime na Escola Adventista: Polícia Já Tem Suspeito da Morte de Aluno em Sala de Aula de Colégio Particular

A Polícia Civil de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, já ouviu cerca de 40 pessoas na investigação que apura a morte do menino Miguel Cestari Ricci dos Santos, de 9 anos, que foi morto na quarta-feira com um tiro dentro da sala de aula da Escola Adventista de Embu das Artes, em São Paulo.

Já foram ouvidos na Delegacia Seccional de Taboão da Serra parentes do menino, parentes de alunos e funcionários do colégio. A polícia já tem um aluno suspeito e trabalha com a hipótese de que o tiro foi um acidente. A criança já teria deposto à polícia, acompanhado dos pais, mas eles negaram a autoria.

A mãe de Miguel, Roberta Cestari Ricci, afirmou que um dia antes da morte o filho contou que um colega da terceira série queria dar uma bala de revólver a ele. Ele não quis contar o nome do amigo. Roberta Cestari Ricci afirma ter certeza que um aluno estava com arma dentro da sala de aula.

– Como uma arma some de uma escola? Todas as mochilas ficaram dentro da sala, como uma criança saiu de lá armada e ninguém viu? – diz Roberta.

Até agora a arma, um revólver calibre 38, não foi localizada. Também não foi identificado quem teria dado o tiro que acertou Miguel. O tiro foi dado de cima para baixo a uma distância de apenas 5 centímetros, deixando pólvora na camiseta da criança.

Peritos descobriram que a escola lavou a sala de aula depois do crime, antes mesmo de a Polícia Militar chegar ao local. Manchas de sangue foram identificadas com luminol, um reagente químico. Mas a polícia acredita que a limpeza não foi feita para apagar propositalmente as pistas. Segundo funcionários teriam contado em depoimento, a mancha de sangue no chão teria sido limpa para não impressionar as crianças.

Segundo a avó de um aluno que estuda na mesma sala onde o garoto Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9 anos, foi morto na Escola Adventista de Embu das Artes, mas no período da tarde, havia encontrado uma bala dentro de seu estojo. Ele mostrou para a avó e disse que não sabia o que era. O pai da criança disse que parecia ser uma bala de revólver e a avó mandou um recado na agenda da professora. A resposta da professora foi que a escola iria verificar como a bala tinha ido parar no estojo do aluno.

Alunos de escola onde menino foi morto terão acompanhamento psicológico

As aulas na Escolas Adventista de Embu das Artes, onde o menino Miguel Cestari Ricci, de 9 anos, morreu baleado na quarta-feira, vai retomar as aulas na próxima terça-feira, segundo nota divulgada pela instituição. Segundo a nota, a escola colocou à disposição da família do menino ‘assistência psicológica e sócio-econômica’. Os alunos também terão acompanhamento psicológico, informa a nota. Leia a íntegra da nota:

Nota à Imprensa

Em virtude da perplexidade do ocorrido, entendemos a missão dos veículos de comunicação em colaborar no esclarecimento dos fatos, mas preferimos esperar o trabalho das autoridades, porque informações prematuras podem transformar vítimas da violência urbana em agentes da própria violência.

Também reiteramos que estamos facilitando ao máximo a elucidação dos fatos. Todos os professores e demais funcionários que têm sido solicitados a prestar depoimento têm contribuído de modo voluntário para o sucesso das investigações. Além disso, todas as informações recebidas são imediatamente
repassadas à polícia. Não é só. O prédio escolar tem sido deixado à disposição da perícia para as análises necessárias.

A escola também colocou, desde quarta-feira, à disposição da família da vítima, efetiva assistência psicológica e socioeconômica. Destacamos que no recinto escolar, estará disponibilizado aos demais alunos acompanhamento psicológico.

A qualquer momento, havendo informações relevantes, entraremos em contato com a imprensa.

Assim como toda a sociedade, estamos interessados e comprometidos com a veracidade do caso. E ansiosos para chegar ao desfecho.

Informamos ademais que as aulas serão retomadas, normalmente, na próxima terça-feira e não na segunda-feira como inicialmente previsto.

São Paulo, 01 de outubro de 2010.

Fonte:
Jornal O Globo

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